Você já ouviu falar em Economia Criativa?

Entenda como o conceito de Economia Criativa é capaz de gerar renda e inovar processos de produção

Negócios criativos se encontram no Verso.
Foto: @cassiobrezolla

Que o mundo está mudando em uma velocidade inexplicável você já percebeu, né? Quem poderia imaginar que seria possível controlar empresas, processos de produção com um celular, diretamente do conforto do sofá de casa, na praia ou em um cruzeiro no Caribe!

Por causa de tantas mudanças rápidas que empresas dos mais variados ramos sentem a necessidade de se adaptar às novas tecnologias, plataformas e maneiras de trabalhar. O foco agora é sair do básico e dos padrões do século passado.

De acordo com um relatório emitido pelo Independent Review of the Creative Industries, produzido pela Organização das Nações Unidas (ONU), a Economia Criativa é um setor que possui crescimento econômico rápido, que gera renda e empregos com caráter híbrido entre trocas econômicas e trocas culturais. Com isso, pode ser até considerado um conceito que auxilia no desenvolvimento humano.

Sabe qual a melhor saída para todos os desafios que podem surgir com esse novo conceito? A criatividade. Por conta disso, o tema que iremos abordar hoje é a ECONOMIA CRIATIVA!

Mas afinal, o que é Economia Criativa?

Economia Criativa nada mais é do que o conceito de usar a criatividade como a principal ferramenta para a elaboração de modelos de negócios.

Segundo a definição do instituto British Council, do Reino Unido, a Economia Criativa começou a ganhar destaque nos últimos anos e é resultado da mistura de valores econômicos, valores culturais, artes, universo digital e finanças.

É a partir da criatividade que os produtos e serviços são precificados e se tornam geradores de renda, empregos e lucratividade para as empresas. Ou seja, quanto mais criativo e inovador, mais valor será agregado à marca.

De onde surgiu esse conceito?

A Economia Criativa deu seus primeiros passos na Austrália no início da década de 1990, mas era conhecida como Indústria Criativa, com o intuito de fazer com que o país se tornasse uma nação criativa e inovadora.

Porém, na Austrália, os processos aconteciam de forma mais lenta e o conceito só se popularizou na metade dos anos 90 quando, no Reino Unido, Anthony Charles Lynton Blair assumiu o governo como Primeiro Ministro e o país, que estava em uma crise total, precisava se reerguer e não sabia por onde. Então, o novo Primeiro Ministro, realizou uma força multidisciplinar com ministros, lideranças, empresários, academia, todos com uma visão de Estado diferente mas com a mesma vontade: inovar e crescer.

Ao unir todas essas grandes forças, chegaram à conclusão de que para crescer de fato, precisavam explorar de novas formas o seu patrimônio inesgotável: Beatles, The Rolling Stones, Shakespeare e turismo. Foi dessa forma que a Indústria Criativa ganhou força nas terras da rainha e se tornou a segunda maior economia do país. Para que isso acontecesse de forma correta e organizada, se criou uma política de Estado, de ação conjunta de todos os ministérios.

Nos anos seguintes, o conceito de Economia Criativa se tornou cada vez mais popular e hoje muitos países apostam diversas fichas neste novo modelo de fazer negócios e lucrar com a sua própria diversidade cultural.

Como a Economia Criativa atua no Brasil?

Economia Criativa no Brasil cresce cada vez mais.
Foto: @cassiobrezolla

No Brasil existe uma grande variedade de festivais de música, peças teatrais, feiras dos mais diversos setores, produção de filmes e campanhas publicitárias. Todo esse grande volume de atividades culturais rende quase um milhão de empregos formais, sem contar todos os trabalhadores freelancer e prestadores de serviço.

Em Gramado, a cidade mais charmosa da Serra Gaúcha, por exemplo, a principal força da economia local vem do turismo e da cultura, gerando mais de  20 mil empregos formais. A cidade recebe anualmente uma média de 6 milhões de turistas, o que a torna um prato cheio para as aplicações da Economia Criativa com seus shows culturais, empreendimentos temáticos e eventos clássicos como: Natal Luz, Feira Nacional de Inverno, Temporada de Páscoa, Festa da Colônia, Salão Internacional do Couro e do Calçado, Festival de Publicidade, Festival de Cinema, Festival de Quilt e Patchwork e Festival de Turismo. Além dos eventos que já são conhecidos e amados pelo público, Gramado também contará com o THE ONE Winter Festival, primeiro festival de inverno do Brasil totalmente voltado ao público LGBTQIAP+. O evento vai acontecer em setembro e irá movimentar ainda mais a serra.

Segundo estudos e relatórios realizados, acredita-se que no Brasil as áreas que mais atuam e empregam dentro do conceito de Economia Criativa são arquitetura, engenharia, design, moda e comunicação. Outras áreas como cinema, teatro, música, games, artes visuais e televisão também possuem números de expressão. 

Segmentos dentro da Economia Criativa brasileira podem ser relacionados em 4 grupos:

  • Consumo (design, arquitetura, moda e comunicação);
  • Mídias (editorial e audiovisual);
  • Cultura (patrimônio e artes, música, artes cênicas e expressões culturais);
  • Tecnologia (Pesquisa e Desenvolvimento, Biotecnologia e Tecnologias da Informação e Comunicação).

Como aplicar esse conceito na prática?

Dicas de como aplicar a Economia Criativa na prática.
Foto: @cassiobrezolla

A característica principal da Economia Criativa é a inovação. Por isso, empresas que desejam adotar essa prática, precisam melhorar seus processos e inovar seus produtos/serviços. A Economia Criativa pode ser aplicada na prática de algumas formas:

  • No Brasil: samba, a bossa-nova e as novelas. 
  • Na Coréia do Sul: vemos principalmente nos doramas e no K-Pop.
  • Canadá, França e Suécia: grandes investimentos na indústria dos videogames e games para gadgets.
  • Japão: a Economia Criativa pode ser vista em games, animes, mangás e principalmente na gastronomia.

Com esses exemplos básicos, pode-se concluir que os ganhos econômicos podem dar um norte para as empresas, reforçando ou transformando símbolos culturais de uma sociedade, pois é assim que os elementos e características regionais podem se tornar objetos de desejo e impulsionar a economia, o turismo e a venda de produtos/ serviços.

Economia Criativa é o futuro do mundo

A Economia Criativa é um setor de extrema importância e hoje é responsável por quase um milhão dos empregos do Brasil. Como é uma área diretamente ligada à criatividade e tecnologia, ainda tem muito potencial de crescimento nas próximas décadas.

Ao contrário do que se pode pensar logo de cara, a Economia Criativa não se refere apenas à área cultural e de entretenimento. Áreas como administração, design, comunicação, marketing e gestão ambiental são responsáveis por quase 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Ou seja, se você gostaria de mudar a rota da sua profissão, invista no conceito que promete ser o futuro do mundo. Conte com o Verso para crescer, se desenvolver e criar. Por aqui você vai encontrar conexão com pessoas de outros segmentos, muita troca de ideias nos corredores, ambientes que estimulam a criatividade e a produtividade. Venha conhecer nosso habitat e viva novas experiências.

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